Falo de reciclagem de pessoas, mas também de verdadeira reciclagem de informação.
Graças ao Filipe Caetano, do Mais Futebol, sabemos como foi a despedida do ex-treinador do FCP:
Sem ressentimentos. A despedida de Victor Fernández do F.C. Porto foi emocionada e não deixou ninguém indiferente no balneário. O técnico espanhol estabeleceu uma relação forte com jogadores e staff, pelo que o último dia passado no Centro de Treinos de Gaia deixou marcas.
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Esta manhã, pelas 9h20, Fernández chegou ao Centro de Treinos, juntamente com os adjuntos Narcís Juliá e José Luís Arjol, para poder despedir-se dos jogadores. A última vez que esteve no balneário foi emocionante, com cada atleta a despedir-se com um forte abraço e palavras de incentivo. O gesto estendeu-se ao restante «staff», entre equipa médica e elementos do gabinete de prospecção. Reconhecido pela oportunidade que lhe foi dada, o espanhol ficava com a certeza de ter tido uma experiência profissional não tão positiva como esperava, mas dos melhores contactos humanos conseguidos desde que percorre o meio futebolístico.
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Terminada a última conversa com os dragões que o levaram a viver seis meses muito intensos, Fernández abriu a porta do balneário pela última vez e só nesse momento entrou o presidente Pinto da Costa, que confirmou os últimos detalhes sobre a situação vivida no clube, com a substituição do treinador. O espanhol, por seu lado, deixava o Olival, sem falar com os jornalistas e acenando levemente, dirigindo-se novamente a casa, pois teria de começar a tratar do regresso a Espanha (as mudanças de um comum mortal). Pelo meio, almoçou no restaurante do outro lado da avenida, apenas com a sua esposa.
Tenho dificuldades em conter as lágrimas. A história é bonita e a prosa é contagiante. Fiquei especialmente tocado pelos "abraços fortes" dos jogadores (então o de McCarthy deve ter deixado o espanhol com a espinha torta). E sei, sinto-o no meu íntimo, que quando se fala dos "melhores contactos humanos conseguidos desde que percorre o meio futebolístico", se refere à claque dos Super Dragões. Pessoas generosas, amigas do seu amigo, afáveis no trato e bem educadas. Tanto apoiaram este treinador que até fizeram a famosa perseguição ao autocarro da equipa após uma derrota. Isto, para não falar, dos mimos que queriam dar a alguns dos craques após o jogo do último domingo. E mesmo na equipa... Haverão melhores contactos humanos do que contactar com os cotovelos dos ultra-bem-pagos craques?
Deste texto, só posso concluir que ainda bem que houve um despedimento. Tudo correu bem. Todos ficaram feliz. O FCP ficou mais forte, porque o FCP tem sempre a melhor gestão, os melhores jogadores, o melhor staff, as melhores relações, a melhor tudo.
Amigo Filipe: cantas bem, mas não me alegras....
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