Eu não disse?
McCarthy apto a defrontar o Benfica
Benni McCarthy, «internacional» sul-africano do FC Porto, vai poder defrontar esta segunda-feira à noite o Benfica em partida integrada na 23.ª jornada da SuperLiga.
ASF O Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, reunida esta quinta-feira à tarde, decidiu dar provimento ao recurso apresentado atempadamente pelo FC Porto.
in A Bola
quinta-feira, fevereiro 24, 2005
quarta-feira, fevereiro 23, 2005
Uma lança em África
Cada vez gosto mais deste Ricardo Lemos, d'O Jogo. O seu comentário ao castigo de Simão é tudo o que há para dizer:
Anedótico
O processo sumaríssimo aplicado a Simão Sabrosa é uma anedota, digna de figurar no reportório de um qualquer humorista da moda do "stand-up comedy", mas incapaz de fazer alguém rir-se com gosto - a não ser, é claro, que se trate de um amante do humor negro. Simão, aos 83 minutos do encontro com o Vitória de Guimarães, saltou com os braços abertos e Alex, nas suas costas, saltou contra o camisola 20 da Luz.
Resultado? Uma proposta de dois jogos de suspensão por parte da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes. Numa altura em que o FC Porto-Benfica está em fase de ebulição, é, no mínimo, estranho e suspeito que um lance que de agressão nada tem possa constituir matéria para se colocar um dos atletas mais valiosos da SuperLiga fora de um clássico que pode ser determinante - nem uma intervenção directa do mais visível parceiro da Liga de Clubes (a GALP) poderia contribuir com maior acuidade para colocar em chamas as horas que antecedem o jogo do Dragão.
Se os arautos da verdade saíram em defesa da punição agravada a McCarthy (de dois para três jogos), que dizer agora de um castigo - e as imagens televisivas podem comprová-lo - aplicado a um salto efectuado antes do adversário? Como se pode ler no texto publicado aqui ao lado, o próprio Alex garante que se tratou apenas de um lance normal de futebol, onde era inevitável o contacto. Afinal, percebe-se agora, a Comissão Disciplinar da Liga de Clubes consegue ver uma suposta agressão que nem o suposto agredido descortinou...
O Benfica, como é óbvio, irá contestar a decisão, mas fica, desde já, o acender do rastilho da polémica. E, desta vez, nem podem acusar os responsáveis dos clubes de a atear, porque esta foi, claramente, iniciada por um órgão da entidade que tem a obrigação de organizar a prova. Simão Sabrosa é muito mais do que "apenas" mais um jogador, tanto no Benfica como no Campeonato português. Puni-lo por algo que não cometeu já é demasiado grave, mas é ainda mais discutível quando o castigo parte de quem deveria zelar pela qualidade da prova.
Uma excelente campanha de promoção do futebol...
Anedótico
O processo sumaríssimo aplicado a Simão Sabrosa é uma anedota, digna de figurar no reportório de um qualquer humorista da moda do "stand-up comedy", mas incapaz de fazer alguém rir-se com gosto - a não ser, é claro, que se trate de um amante do humor negro. Simão, aos 83 minutos do encontro com o Vitória de Guimarães, saltou com os braços abertos e Alex, nas suas costas, saltou contra o camisola 20 da Luz.
Resultado? Uma proposta de dois jogos de suspensão por parte da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes. Numa altura em que o FC Porto-Benfica está em fase de ebulição, é, no mínimo, estranho e suspeito que um lance que de agressão nada tem possa constituir matéria para se colocar um dos atletas mais valiosos da SuperLiga fora de um clássico que pode ser determinante - nem uma intervenção directa do mais visível parceiro da Liga de Clubes (a GALP) poderia contribuir com maior acuidade para colocar em chamas as horas que antecedem o jogo do Dragão.
Se os arautos da verdade saíram em defesa da punição agravada a McCarthy (de dois para três jogos), que dizer agora de um castigo - e as imagens televisivas podem comprová-lo - aplicado a um salto efectuado antes do adversário? Como se pode ler no texto publicado aqui ao lado, o próprio Alex garante que se tratou apenas de um lance normal de futebol, onde era inevitável o contacto. Afinal, percebe-se agora, a Comissão Disciplinar da Liga de Clubes consegue ver uma suposta agressão que nem o suposto agredido descortinou...
O Benfica, como é óbvio, irá contestar a decisão, mas fica, desde já, o acender do rastilho da polémica. E, desta vez, nem podem acusar os responsáveis dos clubes de a atear, porque esta foi, claramente, iniciada por um órgão da entidade que tem a obrigação de organizar a prova. Simão Sabrosa é muito mais do que "apenas" mais um jogador, tanto no Benfica como no Campeonato português. Puni-lo por algo que não cometeu já é demasiado grave, mas é ainda mais discutível quando o castigo parte de quem deveria zelar pela qualidade da prova.
Uma excelente campanha de promoção do futebol...
terça-feira, fevereiro 15, 2005
Arguido da Costa (aka Batanete) e os moinhos de ventos...
Viva!
Iniciada uma nova etapa na minha vida, o tempo para participar neste espaço não tem existido com a abundância que eu gostaria. Uma palavra para o Ry, que tem feito um excelente trabalho na dinamização de algo que pertence a todos os Benfiquistas que se sentem injustiçados...
O meu post de hoje serve essencialmente para destacar um artigo de opinião de João Gobern no Record de 12/05/2005 e que reforça tudo o que aqui tem sido dito sobre o Arguido da Costa e os seus recentes desvarios, numa luta interminável contra a evidente estabilidade do Benfica, lutando contra tudo e contra todos, tal qual Dom Quixote contra os moinhos de vento.
Só lhe desejo que acabe a a luta dentro do apito de xadrez...
Diz então a primeira parte deste excelente artigo (que também visa os "nossos amigos" lagartáceos):
"Já se esperava que as trocas e baldrocas da justiça disciplinar, que tantas vezes só contribui para tornar nebuloso aquilo que é claro, valeriam a Pinto da Costa o retorno à faceta mais básica – ao considerar o aumento do castigo a aplicar a Benni McCarthy "uma anormalidade", o todo-poderoso senhor portista em nada contribuiu para pacificar a sua própria casa, muito menos as dos outros. Ao soltar a expressão "o apito da coincidência", atirou mais uma suspeição para cima de árbitros, conselheiros e dirigentes. Não é de estranhar: já entrámos no mês do jogo que há-de levar o Benfica ao Dragão e aquilo que agora se lhe ouviu deve ser apenas o primeiro degrau de uma escada que, a cumprir-se a tradição, não sobe, só vai dar mesmo para descer o nível.
Talvez Pinto da Costa pudesse preocupar-se mais com a inexplicável tremideira dos seus jogadores, depois de conquistarem dois golos de vantagem ao ingénuo Estoril, no encontro que estreou José Couceiro com gravata azul. Numa equipa que até parecia mais arrumada (Ricardo Costa no seu sítio, Hélder Postiga chamado de início, Raul Meireles a sair finalmente de um prolongado esquecimento), mas que ainda não se curou. Vou mais longe: se Pinto da Costa terá as suas razões para se queixar da justiça futebolística, não lhe ficaria mal um puxão de orelhas aos seus atletas e ao modo como se expõem às sanções. Ao contrário do que diz o grande timoneiro, não há coincidências – Fabiano, McCarthy, Pedro Emanuel e Seitaridis são bem castigados. E, num clube tão lesto a despachar inquéritos aos que voltam atrasados de férias, uma espécie de "greve de zelo", bom seria que os responsáveis se mostrassem implacáveis na imposição da "greve ao estalo" (também vale para murros e cotoveladas).
Desportivamente, gostaria de ver o Benfica torcer para que o castigo de McCarthy o não impedisse de jogar contra os encarnados. Seja qual for o resultado que venha a verificar-se nesse jogo, não quererão ouvir aquilo que os campeões nacionais tiveram que engolir depois da partida na Luz.
Entre "favorecimento" e "injustiça", com o famoso golo que só não viu quem não quis e com um "penalty" que não dava jeito nenhum, o triunfo do FC Porto teve menos brilho. E o Benfica não quererá, agora, trocar de lugar.
De resto, o Benfica parece, com todos os seus percalços (e vamos ver o que se passa mais logo em Braga, numa partida de muitos tira-teimas), estar a incomodar muita gente. Até o vice-presidente do Sporting, Miguel Ribeiro Teles, bateu com a porta por causa de um acordo que, na essência, pode vir a ser muito positivo, sobretudo se nos lembrarmos quem deteve o poder hegemónico no futebol nos últimos anos, com prejuízo sistemático dos "grandes" de Lisboa. Só que nem tudo o que parece, é – de forma sumaríssima, assiste-se, nos leões, apenas a uma espécie deselegante de pré-campanha para a sucessão de Dias da Cunha. E, se pensam que estou enganado, vejam lá quem voltou esta semana de um prolongado defeso, para criticar a "falta de liderança". O nome de Luís Duque, diz-vos alguma coisa?"
Eis um artigo de penúltima página (as constantes notícias do Roger são mais importantes) nessa instituição sinónimo de (falta) isenção que dá pelo nome de Record.
Iniciada uma nova etapa na minha vida, o tempo para participar neste espaço não tem existido com a abundância que eu gostaria. Uma palavra para o Ry, que tem feito um excelente trabalho na dinamização de algo que pertence a todos os Benfiquistas que se sentem injustiçados...
O meu post de hoje serve essencialmente para destacar um artigo de opinião de João Gobern no Record de 12/05/2005 e que reforça tudo o que aqui tem sido dito sobre o Arguido da Costa e os seus recentes desvarios, numa luta interminável contra a evidente estabilidade do Benfica, lutando contra tudo e contra todos, tal qual Dom Quixote contra os moinhos de vento.
Só lhe desejo que acabe a a luta dentro do apito de xadrez...
Diz então a primeira parte deste excelente artigo (que também visa os "nossos amigos" lagartáceos):
"Já se esperava que as trocas e baldrocas da justiça disciplinar, que tantas vezes só contribui para tornar nebuloso aquilo que é claro, valeriam a Pinto da Costa o retorno à faceta mais básica – ao considerar o aumento do castigo a aplicar a Benni McCarthy "uma anormalidade", o todo-poderoso senhor portista em nada contribuiu para pacificar a sua própria casa, muito menos as dos outros. Ao soltar a expressão "o apito da coincidência", atirou mais uma suspeição para cima de árbitros, conselheiros e dirigentes. Não é de estranhar: já entrámos no mês do jogo que há-de levar o Benfica ao Dragão e aquilo que agora se lhe ouviu deve ser apenas o primeiro degrau de uma escada que, a cumprir-se a tradição, não sobe, só vai dar mesmo para descer o nível.
Talvez Pinto da Costa pudesse preocupar-se mais com a inexplicável tremideira dos seus jogadores, depois de conquistarem dois golos de vantagem ao ingénuo Estoril, no encontro que estreou José Couceiro com gravata azul. Numa equipa que até parecia mais arrumada (Ricardo Costa no seu sítio, Hélder Postiga chamado de início, Raul Meireles a sair finalmente de um prolongado esquecimento), mas que ainda não se curou. Vou mais longe: se Pinto da Costa terá as suas razões para se queixar da justiça futebolística, não lhe ficaria mal um puxão de orelhas aos seus atletas e ao modo como se expõem às sanções. Ao contrário do que diz o grande timoneiro, não há coincidências – Fabiano, McCarthy, Pedro Emanuel e Seitaridis são bem castigados. E, num clube tão lesto a despachar inquéritos aos que voltam atrasados de férias, uma espécie de "greve de zelo", bom seria que os responsáveis se mostrassem implacáveis na imposição da "greve ao estalo" (também vale para murros e cotoveladas).
Desportivamente, gostaria de ver o Benfica torcer para que o castigo de McCarthy o não impedisse de jogar contra os encarnados. Seja qual for o resultado que venha a verificar-se nesse jogo, não quererão ouvir aquilo que os campeões nacionais tiveram que engolir depois da partida na Luz.
Entre "favorecimento" e "injustiça", com o famoso golo que só não viu quem não quis e com um "penalty" que não dava jeito nenhum, o triunfo do FC Porto teve menos brilho. E o Benfica não quererá, agora, trocar de lugar.
De resto, o Benfica parece, com todos os seus percalços (e vamos ver o que se passa mais logo em Braga, numa partida de muitos tira-teimas), estar a incomodar muita gente. Até o vice-presidente do Sporting, Miguel Ribeiro Teles, bateu com a porta por causa de um acordo que, na essência, pode vir a ser muito positivo, sobretudo se nos lembrarmos quem deteve o poder hegemónico no futebol nos últimos anos, com prejuízo sistemático dos "grandes" de Lisboa. Só que nem tudo o que parece, é – de forma sumaríssima, assiste-se, nos leões, apenas a uma espécie deselegante de pré-campanha para a sucessão de Dias da Cunha. E, se pensam que estou enganado, vejam lá quem voltou esta semana de um prolongado defeso, para criticar a "falta de liderança". O nome de Luís Duque, diz-vos alguma coisa?"
Eis um artigo de penúltima página (as constantes notícias do Roger são mais importantes) nessa instituição sinónimo de (falta) isenção que dá pelo nome de Record.
Os cães ladram...
Hélio Nascimento, no Record:
Descaramento
Falar em apito encarnado quando se tem às costas vários crimes de índole desportiva... é preciso lata!
São 29 os suspeitos no processo Apito Dourado, fruto de investigação levada a cabo nos últimos dez meses. E todos têm em comum, para além dos crimes em que estão indiciados, o silêncio a que se propuseram. Ou seja, ninguém os ouve comentar matérias intrinsecamente ligadas ao futebol e em especial à arbitragem. Todos... não.
Também aqui há a excepção que confirma a regra e que se chama, é claro, Pinto da Costa. O líder do FC Porto não se coíbe de apimentar o assunto e continuar, sempre, a lançar a suspeição.
Falar em "apito encarnado" quando se tem às costas dois crimes de corrupção activa desportiva, dois de tráfico de influências e um de falsificação de documentos é, no mínimo, ter descaramento. Pinto da Costa pode estar inocente, pode ser o dono da verdade, mas é preciso mesmo muita lata para abordar naquele registo um tema que lhe devia ser caro. Recolhido e sem dar nas vistas tem andado Valentim Loureiro, o que não deixa de ser sintomático (e com as eleições à porta).Mas não há bela sem senão e já devia ter renunciado ao cargo na Liga.
Pinto da Costa sabe que está a ficar sem espaço: a justiça aperta, os sócios cobram cada vez mais uma equipa desfeita à boa maneira do que Artur Jorge fez no Benfica, os milhões do Verão vão sendo esbanjados em jogadores de qualidade muito duvidosa (lembram-se do Thiago, que custou 2,5 milhões de euros e foi para a equipa B, para depois ser recambiado no negócio de Derlei?). Procura margem de manobra, disparando na direcção do rival, virando para a Luz o foco da ira dos adeptos, quando o verdadeiro problema está precisamente na Torre das Antas.
Neste assunto, José Veiga esteve bem. Rebateu as críticas com mestria, despreocupação e humor. Aliás, diga-se o que disser, José Veiga tem estado quase sempre bem. Tirando o "chinfrim" do final do (escandaloso) Benfica-Porto, José Veiga tem sido discreto q.b. Tem feito as contratações possíveis e adequadas à realidade e necessidades da equipa. Se a impressão que deixa é de que falhou os grandes "peixes" do mercado (Robinho e Maxi), a verdade é que essa "pescaria" foi muito empolada pela comunicação social, insistindo e alimentando negócios que se sabiam, há muito, condenados.
Descaramento
Falar em apito encarnado quando se tem às costas vários crimes de índole desportiva... é preciso lata!
São 29 os suspeitos no processo Apito Dourado, fruto de investigação levada a cabo nos últimos dez meses. E todos têm em comum, para além dos crimes em que estão indiciados, o silêncio a que se propuseram. Ou seja, ninguém os ouve comentar matérias intrinsecamente ligadas ao futebol e em especial à arbitragem. Todos... não.
Também aqui há a excepção que confirma a regra e que se chama, é claro, Pinto da Costa. O líder do FC Porto não se coíbe de apimentar o assunto e continuar, sempre, a lançar a suspeição.
Falar em "apito encarnado" quando se tem às costas dois crimes de corrupção activa desportiva, dois de tráfico de influências e um de falsificação de documentos é, no mínimo, ter descaramento. Pinto da Costa pode estar inocente, pode ser o dono da verdade, mas é preciso mesmo muita lata para abordar naquele registo um tema que lhe devia ser caro. Recolhido e sem dar nas vistas tem andado Valentim Loureiro, o que não deixa de ser sintomático (e com as eleições à porta).Mas não há bela sem senão e já devia ter renunciado ao cargo na Liga.
Pinto da Costa sabe que está a ficar sem espaço: a justiça aperta, os sócios cobram cada vez mais uma equipa desfeita à boa maneira do que Artur Jorge fez no Benfica, os milhões do Verão vão sendo esbanjados em jogadores de qualidade muito duvidosa (lembram-se do Thiago, que custou 2,5 milhões de euros e foi para a equipa B, para depois ser recambiado no negócio de Derlei?). Procura margem de manobra, disparando na direcção do rival, virando para a Luz o foco da ira dos adeptos, quando o verdadeiro problema está precisamente na Torre das Antas.
Neste assunto, José Veiga esteve bem. Rebateu as críticas com mestria, despreocupação e humor. Aliás, diga-se o que disser, José Veiga tem estado quase sempre bem. Tirando o "chinfrim" do final do (escandaloso) Benfica-Porto, José Veiga tem sido discreto q.b. Tem feito as contratações possíveis e adequadas à realidade e necessidades da equipa. Se a impressão que deixa é de que falhou os grandes "peixes" do mercado (Robinho e Maxi), a verdade é que essa "pescaria" foi muito empolada pela comunicação social, insistindo e alimentando negócios que se sabiam, há muito, condenados.
sábado, fevereiro 12, 2005
Sanguessugas
O D'Arcy escreveu aquilo que eu estava a pensar escrever este fim-de-semana: um apanhado das possíveis saídas no Benfica, que brotaram como cogumelos desde que o Benfica voltou a ficar muito perto do topo:
Ao vencer a Académica no passado fim-de-semana, o Benfica regressou ao primeiro lugar da classificação, em parceria com o FC Porto. Durante esta semana, os benfiquistas ficaram a saber que, afinal, o Miguel já pode sair, enquanto que chovem propostas pelo Simão. Para além do Petit, o Marselha volta agora as suas atenções para o Manuel Fernandes, enquanto que o Luisão é colocado pela 53ª vez no Inter para a próxima época, e nos recordam mais uma vez que o Benfica apenas detém 25% do passe do jogador. Fico também a saber que o Ricardo Rocha é seguido por diversos clubes europeus. Tudo coincidências, claro.
O mais divertido mesmo é quando me recordo que estas notícias vêm das mesmas pessoas que, semana após semana, batem impiedosamente no plantel do Benfica acusando-o de falta de qualidade. Nenhuma incongruência aqui, obviamente.
Certíssimo. O seu blog é uma das minhas leituras habituais.
Ao vencer a Académica no passado fim-de-semana, o Benfica regressou ao primeiro lugar da classificação, em parceria com o FC Porto. Durante esta semana, os benfiquistas ficaram a saber que, afinal, o Miguel já pode sair, enquanto que chovem propostas pelo Simão. Para além do Petit, o Marselha volta agora as suas atenções para o Manuel Fernandes, enquanto que o Luisão é colocado pela 53ª vez no Inter para a próxima época, e nos recordam mais uma vez que o Benfica apenas detém 25% do passe do jogador. Fico também a saber que o Ricardo Rocha é seguido por diversos clubes europeus. Tudo coincidências, claro.
O mais divertido mesmo é quando me recordo que estas notícias vêm das mesmas pessoas que, semana após semana, batem impiedosamente no plantel do Benfica acusando-o de falta de qualidade. Nenhuma incongruência aqui, obviamente.
Certíssimo. O seu blog é uma das minhas leituras habituais.
terça-feira, fevereiro 08, 2005
Vamos lá falar de castigos...
Os factos:
No dia 15 de Janeiro de 2005, disputaram-se 2 jogos da (Super?)Liga. Às 18:45, jogou-se o Guimarães-Beira Mar e às 21:15, jogou-se o Académica-Porto.
Em ambos os jogos aconteceram casos. Casos que passaram despercebidos às equipas de arbitragem e que, como tal, se enquadram no que o regulamento da Liga define como um processo sumaríssimo. No jogo de Guimarães, Silva terá feito gestos menos próprios ao treinador adversário. Em Coimbra, Benny McCarthy continuou a sua campanha de destruição de maxilares alheios, brindando o jogador adversário Danilo com mais uma cotovelada (aliás, já tem quase tantas cotoveladas como golos, este ano!).
Ambas as situações resultaram em processos sumaríssimos e ambas foram decididas ao mesmo tempo (esta semana). Para McCarthy, 3 (mais do que merecidos) jogos de castigo, numa decisão que o agredido considerou injusta por defeito. Para Silva, 1 jogo de castigo.
Revolta-se o burgo azul-e-branco pelo timing da decisão e recorre-se para o Conselho de Justiça da FPF. Mas porque é que não se perde um pouco a pensar no pistoleiro Silva? Uma consulta do calendário da Superliga revela-me, sem que seja surpresa para mim, o próximo adversário do Vitória. Nada mais nada menos que o campeão orçamental, FCP. Para ajudar, numa semana em que Romeu se encontra tocado e Carlos Carneiro sai para Barcelos. Em suma, o Vitória vai fortemente desfalcado para o jogo com o FCP, sem que dos seus responsáveis tenha havido qualquer reacção.
Palpita-me que, para compôr o ramalhete, o Conselho de Justiça da FPF irá reduzir os 3 jogos a 2, McCarthy irá jogar com o Benfica, o FCP continuará a vitimizar-se, mas o Vitória terá que ir às Antas sem o seu melhor (e único!) avançado, que, ainda por cima, se encontra num belo momento de forma. E tudo isto se passou por detrás desta cortina de fumo que é esta decisão da Comissão Disciplinar que teve o mérito de ter um timing absolutamente brilhante, completando a decisão com uma manobra de diversão.
Vítimas azuis-e-brancas? Não creio...
No dia 15 de Janeiro de 2005, disputaram-se 2 jogos da (Super?)Liga. Às 18:45, jogou-se o Guimarães-Beira Mar e às 21:15, jogou-se o Académica-Porto.
Em ambos os jogos aconteceram casos. Casos que passaram despercebidos às equipas de arbitragem e que, como tal, se enquadram no que o regulamento da Liga define como um processo sumaríssimo. No jogo de Guimarães, Silva terá feito gestos menos próprios ao treinador adversário. Em Coimbra, Benny McCarthy continuou a sua campanha de destruição de maxilares alheios, brindando o jogador adversário Danilo com mais uma cotovelada (aliás, já tem quase tantas cotoveladas como golos, este ano!).
Ambas as situações resultaram em processos sumaríssimos e ambas foram decididas ao mesmo tempo (esta semana). Para McCarthy, 3 (mais do que merecidos) jogos de castigo, numa decisão que o agredido considerou injusta por defeito. Para Silva, 1 jogo de castigo.
Revolta-se o burgo azul-e-branco pelo timing da decisão e recorre-se para o Conselho de Justiça da FPF. Mas porque é que não se perde um pouco a pensar no pistoleiro Silva? Uma consulta do calendário da Superliga revela-me, sem que seja surpresa para mim, o próximo adversário do Vitória. Nada mais nada menos que o campeão orçamental, FCP. Para ajudar, numa semana em que Romeu se encontra tocado e Carlos Carneiro sai para Barcelos. Em suma, o Vitória vai fortemente desfalcado para o jogo com o FCP, sem que dos seus responsáveis tenha havido qualquer reacção.
Palpita-me que, para compôr o ramalhete, o Conselho de Justiça da FPF irá reduzir os 3 jogos a 2, McCarthy irá jogar com o Benfica, o FCP continuará a vitimizar-se, mas o Vitória terá que ir às Antas sem o seu melhor (e único!) avançado, que, ainda por cima, se encontra num belo momento de forma. E tudo isto se passou por detrás desta cortina de fumo que é esta decisão da Comissão Disciplinar que teve o mérito de ter um timing absolutamente brilhante, completando a decisão com uma manobra de diversão.
Vítimas azuis-e-brancas? Não creio...
terça-feira, fevereiro 01, 2005
Reciclagem
Falo de reciclagem de pessoas, mas também de verdadeira reciclagem de informação.
Graças ao Filipe Caetano, do Mais Futebol, sabemos como foi a despedida do ex-treinador do FCP:
Sem ressentimentos. A despedida de Victor Fernández do F.C. Porto foi emocionada e não deixou ninguém indiferente no balneário. O técnico espanhol estabeleceu uma relação forte com jogadores e staff, pelo que o último dia passado no Centro de Treinos de Gaia deixou marcas.
(...)
Esta manhã, pelas 9h20, Fernández chegou ao Centro de Treinos, juntamente com os adjuntos Narcís Juliá e José Luís Arjol, para poder despedir-se dos jogadores. A última vez que esteve no balneário foi emocionante, com cada atleta a despedir-se com um forte abraço e palavras de incentivo. O gesto estendeu-se ao restante «staff», entre equipa médica e elementos do gabinete de prospecção. Reconhecido pela oportunidade que lhe foi dada, o espanhol ficava com a certeza de ter tido uma experiência profissional não tão positiva como esperava, mas dos melhores contactos humanos conseguidos desde que percorre o meio futebolístico.
(...)
Terminada a última conversa com os dragões que o levaram a viver seis meses muito intensos, Fernández abriu a porta do balneário pela última vez e só nesse momento entrou o presidente Pinto da Costa, que confirmou os últimos detalhes sobre a situação vivida no clube, com a substituição do treinador. O espanhol, por seu lado, deixava o Olival, sem falar com os jornalistas e acenando levemente, dirigindo-se novamente a casa, pois teria de começar a tratar do regresso a Espanha (as mudanças de um comum mortal). Pelo meio, almoçou no restaurante do outro lado da avenida, apenas com a sua esposa.
Tenho dificuldades em conter as lágrimas. A história é bonita e a prosa é contagiante. Fiquei especialmente tocado pelos "abraços fortes" dos jogadores (então o de McCarthy deve ter deixado o espanhol com a espinha torta). E sei, sinto-o no meu íntimo, que quando se fala dos "melhores contactos humanos conseguidos desde que percorre o meio futebolístico", se refere à claque dos Super Dragões. Pessoas generosas, amigas do seu amigo, afáveis no trato e bem educadas. Tanto apoiaram este treinador que até fizeram a famosa perseguição ao autocarro da equipa após uma derrota. Isto, para não falar, dos mimos que queriam dar a alguns dos craques após o jogo do último domingo. E mesmo na equipa... Haverão melhores contactos humanos do que contactar com os cotovelos dos ultra-bem-pagos craques?
Deste texto, só posso concluir que ainda bem que houve um despedimento. Tudo correu bem. Todos ficaram feliz. O FCP ficou mais forte, porque o FCP tem sempre a melhor gestão, os melhores jogadores, o melhor staff, as melhores relações, a melhor tudo.
Amigo Filipe: cantas bem, mas não me alegras....
Graças ao Filipe Caetano, do Mais Futebol, sabemos como foi a despedida do ex-treinador do FCP:
Sem ressentimentos. A despedida de Victor Fernández do F.C. Porto foi emocionada e não deixou ninguém indiferente no balneário. O técnico espanhol estabeleceu uma relação forte com jogadores e staff, pelo que o último dia passado no Centro de Treinos de Gaia deixou marcas.
(...)
Esta manhã, pelas 9h20, Fernández chegou ao Centro de Treinos, juntamente com os adjuntos Narcís Juliá e José Luís Arjol, para poder despedir-se dos jogadores. A última vez que esteve no balneário foi emocionante, com cada atleta a despedir-se com um forte abraço e palavras de incentivo. O gesto estendeu-se ao restante «staff», entre equipa médica e elementos do gabinete de prospecção. Reconhecido pela oportunidade que lhe foi dada, o espanhol ficava com a certeza de ter tido uma experiência profissional não tão positiva como esperava, mas dos melhores contactos humanos conseguidos desde que percorre o meio futebolístico.
(...)
Terminada a última conversa com os dragões que o levaram a viver seis meses muito intensos, Fernández abriu a porta do balneário pela última vez e só nesse momento entrou o presidente Pinto da Costa, que confirmou os últimos detalhes sobre a situação vivida no clube, com a substituição do treinador. O espanhol, por seu lado, deixava o Olival, sem falar com os jornalistas e acenando levemente, dirigindo-se novamente a casa, pois teria de começar a tratar do regresso a Espanha (as mudanças de um comum mortal). Pelo meio, almoçou no restaurante do outro lado da avenida, apenas com a sua esposa.
Tenho dificuldades em conter as lágrimas. A história é bonita e a prosa é contagiante. Fiquei especialmente tocado pelos "abraços fortes" dos jogadores (então o de McCarthy deve ter deixado o espanhol com a espinha torta). E sei, sinto-o no meu íntimo, que quando se fala dos "melhores contactos humanos conseguidos desde que percorre o meio futebolístico", se refere à claque dos Super Dragões. Pessoas generosas, amigas do seu amigo, afáveis no trato e bem educadas. Tanto apoiaram este treinador que até fizeram a famosa perseguição ao autocarro da equipa após uma derrota. Isto, para não falar, dos mimos que queriam dar a alguns dos craques após o jogo do último domingo. E mesmo na equipa... Haverão melhores contactos humanos do que contactar com os cotovelos dos ultra-bem-pagos craques?
Deste texto, só posso concluir que ainda bem que houve um despedimento. Tudo correu bem. Todos ficaram feliz. O FCP ficou mais forte, porque o FCP tem sempre a melhor gestão, os melhores jogadores, o melhor staff, as melhores relações, a melhor tudo.
Amigo Filipe: cantas bem, mas não me alegras....
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