terça-feira, fevereiro 08, 2005

Vamos lá falar de castigos...

Os factos:

No dia 15 de Janeiro de 2005, disputaram-se 2 jogos da (Super?)Liga. Às 18:45, jogou-se o Guimarães-Beira Mar e às 21:15, jogou-se o Académica-Porto.

Em ambos os jogos aconteceram casos. Casos que passaram despercebidos às equipas de arbitragem e que, como tal, se enquadram no que o regulamento da Liga define como um processo sumaríssimo. No jogo de Guimarães, Silva terá feito gestos menos próprios ao treinador adversário. Em Coimbra, Benny McCarthy continuou a sua campanha de destruição de maxilares alheios, brindando o jogador adversário Danilo com mais uma cotovelada (aliás, já tem quase tantas cotoveladas como golos, este ano!).

Ambas as situações resultaram em processos sumaríssimos e ambas foram decididas ao mesmo tempo (esta semana). Para McCarthy, 3 (mais do que merecidos) jogos de castigo, numa decisão que o agredido considerou injusta por defeito. Para Silva, 1 jogo de castigo.

Revolta-se o burgo azul-e-branco pelo timing da decisão e recorre-se para o Conselho de Justiça da FPF. Mas porque é que não se perde um pouco a pensar no pistoleiro Silva? Uma consulta do calendário da Superliga revela-me, sem que seja surpresa para mim, o próximo adversário do Vitória. Nada mais nada menos que o campeão orçamental, FCP. Para ajudar, numa semana em que Romeu se encontra tocado e Carlos Carneiro sai para Barcelos. Em suma, o Vitória vai fortemente desfalcado para o jogo com o FCP, sem que dos seus responsáveis tenha havido qualquer reacção.

Palpita-me que, para compôr o ramalhete, o Conselho de Justiça da FPF irá reduzir os 3 jogos a 2, McCarthy irá jogar com o Benfica, o FCP continuará a vitimizar-se, mas o Vitória terá que ir às Antas sem o seu melhor (e único!) avançado, que, ainda por cima, se encontra num belo momento de forma. E tudo isto se passou por detrás desta cortina de fumo que é esta decisão da Comissão Disciplinar que teve o mérito de ter um timing absolutamente brilhante, completando a decisão com uma manobra de diversão.

Vítimas azuis-e-brancas? Não creio...

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