sábado, julho 24, 2004

Paraty, MST

O grande Miguel Sousa Tavares descreve na sua semanal hemorragia de sangue azul nas páginas d'A Bola um episódio da sua última viagem.

Conta o iluminado cronista que, durante a sua passagem pela brasileira cidade de Paraty, encontrou 3 (três, a conta que Deus fez) habitantes vestidos à FCP, num universo de 4 mil habitantes. Porque é que esta curiosidade não tem nada de curioso, nem nada a ver com a tal globalização da agremiação das Antas?

Porque, como o próprio nome indica, a cidade tem grande influência tripeira, ou não tivesse o nome de um dos mais distinguidos adeptos azuis-e-brancos de que há memória, peça importante em algumas das conquistas internas do clube nos últimos anos. Falamos, claro, desse grande Tchaikovsky do apito, Paulo Paraty e não, obviamente, do seu irmão, também árbitro nos rinques de futsal.

Certamente, e isto especulo eu, Paraty (o árbitro, não a cidade), qual mix de missionário jesuíta e bandeirante, vagueia pelo Brasil nas horas vagas a fundar cidades, a distribuir roupa velha (leia-se camisolas do FCP) pela população e a fundar subsidiárias locais de uma conhecida agência de viagens, preparando o caminho (e as férias) para a geração seguinte dos seus colegas de profissão. Perante tal bondade, para quando a distinção com o Dragão de Ouro?