terça-feira, janeiro 31, 2006

Zangam-se as comadres...

... descobrem-se as verdades.

E, numa inédita iniciativa deste blog, eis a transcrição do comunicado dos Super Dragões que deixa perceber o clima que se vive pelas Antas.

COMUNICADO
A direcção do grupo de apoio Super Dragões, face ao teor das notícias vindas a público nos meios de comunicação social acerca dos factos ocorridos no centro de estágio do Olival em 29 de Janeiro de 2005, informa o seguinte:

Era desde logo fundamental, que num curto espaço de tempo, se exibissem provas de participação de um dos líderes dos Super Dragões, Rui Teixeira, na agressão ou na tentativa de agressão, ocorrida no centro de estágio.

Ao que se sabe, o ocorrido no centro de estágio, foi uma manifestação espontânea de um grupo de sócios, adeptos e simpatizantes do F.C.P, não conhecendo, nem tendo o dever de conhecer a Direcção do Super Dragões, se se encontravam no local elementos da claque.Aliás, tem sido estratégia de alguns administradores de S.A.D. ou Directores da mesma, nos últimos tempos, tentar de uma forma insidiosa e pouco correcta, colar os Super Dragões a todo e qualquer incidente que prejudique a boa imagem do F.C.Porto. Só falta com efeito, a alguns Directores e Administradores bem remunerados, acusarem os Super Dragões de falta de apoio e fé clubística. Os factos falam por si.Esta estratégia, tem como facilmente se pode constatar, o objectivo preciso de obter um divórcio entre os Super Dragões e os sócios ou adeptos do F.C.Porto. Compreende-se o desespero de alguns elementos da SAD do F.C.Porto, face às criticas, justas que têm sido efectuadas por toda a família portista. Os motivos estão à vista e alguns exemplos podem ser de imediato referidos. E fazemo-lo agora, na exacta altura em que o FCP lidera a liga isolado com quatro pontos de avanço sobre o 2º classificado para que não sejamos acusados de prejudicar a carreira do FCP, assim:

1 Quais os critérios que presidiram à escolha do treinador da equipa de futebol? Certamente os mesmos que levaram às felizes escolhas de três técnicos na época passada e a que corresponderam uma época desportiva perdida e mais de cinco milhões de euros de indemnizaçõesÉ neste período de desvario que estranhamente, um simpático e afável vendedor de revistas, de passado clubístico dúbio, assume um papel de relevo em todas as decisões da SAD Portista. É de facto um dirigente multifacetado:
1 - Por vezes assume o papel de sócio empresário na contratação de jogadores e treinadores
2 - Outras vezes como agente imobiliário no arrendamento de apartamentos a atletas do clube.
3 - Finalmente chegou a conselheiro presidencial, trepando positivamente pelas costas de um reputado Administrador e conhecido nº 2 da estrutura portista.


É para que não se vejam ou oiçam estas coisas que se ataca o nosso Director-Geral, que se analisa os jogos do Benfica de lupa na mão, procurando o mínimo deslize e desviando o foco mediático para outras paragens.

Isto está bonito, está!

PS - A isto se juntam as recentes aparições do bi-bota Fernando Gomes, como testa de ferro deste movimento underground de contestação. Ventos de mudança?

Tempos dificeis...

Prevêm-se tempos dificeis para o glorioso...

António Costa - o ladrão - (sem ofensa para os demais criminosos cá do burgo...) foi nomeado para o União de Leiria x Benfica.

Deste canalha espera-se tudo, especialmente trabalhinhos encomendados na invicta com vista a prejudicarem o Benfica.

O post é somente um desbafo...


PS: Apenas para recordar

Em baixa

Pois é. Lá fomos derrotados ao fim de uma boa série de vitórias consecutivas, num jogo onde o adversário teve o mérito de desmantelar o nosso meio-campo e, sobretudo, aproveitar as nossas falhas defensivas. O Benfica sai, justamente, derrotado deste jogo mas está longe, tal como as outras equipas do pelotão da frente de atirar a toalha ao tapete.

Claro que poderíamos desatar a apedrejar os carros da nossa equipa técnica. Claro que poderíamos queixarmo-nos do árbitro e do fiscal e dizermos que já vemos futebol há muito tempo e que sabemos quando há arbitragens manhosas. Mas não o fazemos. Admitimos, com sinceridade, que perdemos bem esta batalha na guerra do campeonato e seguimos em frente, sobretudo focados na nossa equipa, nos nossos jogos.

Outros há, que finda esta partida festejaram efuzivamente. É normal. Quem ganha, fica sempre feliz, mas quem ganha ao Campeão Nacional fica duplamente feliz. Especialmente quando se tem a corda na garganta e se anda pelo 5º lugar. É que esta vitória é tapar o sol com a peneira. E desenganem-se os que acham que o Sportem resolveu os problemas seus todos com aquela fantástica 2ª parte onde parecia ter o dobro dos jogadores do Benfica. Claro que os adeptos do Sportem têm sempre pouco tempo para reflectir nos seus próprios problemas, porque estão sempre a pensar nos problemas do Benfica. São aquele vizinho moralista, má língua, mas cuja própria casa está de pantanas, que todos temos junto de casa. Quanto a mim, dou-lhes o respeito que merecem, e o mérito que, sem dúvida, tiveram. Mas não perco mais tempo com eles do que com o adversário da próxima jornada.

Noutras paragens, a derrota do Campeão Nacional foi notícia agradável. Abria perspectivas boas no alargamento da distância pontual, o que até se verificou, com o empate do FCP em Vila do Conde. Pouco contentes com a campanha actual do FCP, alguns "cromos" decidiram fazer uma espera ao treinador, que culminou com sessão de apedrejamento à boa maneira antiga. Desconheço se usaram o site do clube para organizar o evento, porque é comum mandarem recadinhos por lá, mas que a coisa foi bem organizada foi. Especialmente pelos que deixaram a matrícula do carro à mostra. Enfim, com mentes destas, não admira que nem com um orçamento que é o dobro do nosso, consigam mais do que uns míseros 4 pontos de vantagem. E diga-se que estes 4 pontos só não são menos, porque lá houve a ajudazinha a compensar a falha do Helton bem em cima do final.

Para nós, é tempo de tirar conclusões desta derrota e pensar nos próximos jogos. Não perdemos qualidade só por causa deste jogo, tal como as vitórias anteriores não nos davam vantagem nenhuma para este encontro. Estamos em baixa, é verdade, mas cabe-nos a nós ajudar a equipa a recuperar, apoiando-a já na próxima jornada.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Coacção

Pelo título, podia-se pensar que se trata de um post sobre o treinador do FCP. Não, não se trata, ainda que me apetece falar sobre o facto do Vitor Baía ter ido parar ao banco. Mas acho que o nosso Director-Geral já disse o suficiente ao sr. Nuno sobre o assunto.

A 13 de Novembro de 1998, o Benfica preparava-se para a visita do Sporting de Braga. O árbitro seria o sr. Mário Mendes. O então presidente do Benfica, João Vale e Azevedo, começou a semana por expressar o seu desejo de que a arbitragem não prejudicasse o Benfica, como havia feito em semanas anteriores. Sempre célere, quando toca ao Benfica, a mítica Comissão Disciplinar da Liga resolveu suspender por 40 dias e multar em 300 mil escudos o presidente do Benfica, acusando-o de tentar coagir o árbitro.

Alguns anos depois, em vésperas de um Benfica-Sporting, muito se papagueia para os lados do Lumiar. Fala o presidente (que faz frete), o treinador, o vice-presidente. Falam todos do seu receio da arbitragem, falam todos do jogo do ano passado. Muito mais que dos desastres da sua própria equipa, do guarda-redes que jurava que o Luisão tinha marcado com a mão, do pé roto do Liedson. Mas, desta vez, não há Comissão Disciplinar, não há castigos, não há multas.

Mais grave: só houve dessa vez.

PS - Importa esclarecer que não sou, de todo, defensor de João Vale e Azevedo. Mas contra estes factos não há argumentos.

Palavra aos outros...

Leonor Pinhão

Sem dúvida que a nossa mentora voltou ao seu melhor nível.
Para a posteridade, fica esta passagem da sua crónica de opinião n' A Bola de 19-01-2006

Digam lá se não começa bem para terminar em verdadeira apoteose?...


(...)
NÃO é só na qualidade de visitante que o Benfica alimenta o futebol português. É também na qualidade de comprador. Sim, porque o Benfica paga. Vitória de Guimarães e Boavista, nos finais da década de 80 e princípios da década de 90, facturaram milhares e milhares de contos, vendendo jogadores seus ao Benfica. Só por Ademir e por Isaías, o Benfica pagou fortunas, ajudando os clubes vendedores a equilibrar as suas finanças, a construir património e a projectarem-se desportivamente como forças importantes do futebol português. O Benfica pagou em dinheiro Vata ao Varzim, Pacheco ao Portimonense, Hélder ao Estoril, Abel Xavier e Calado ao Estrela da Amadora, Vítor Paneira ao Vizela, Hassan ao Farense, João Pinto e Nuno Gomes ao Boavista, Sérgio Nunes ao União de Leiria, João Tomás à Académica, Dimas, Paulo Bento e Fernando Meira ao Guimarães, Mantorras ao Alverca, Cabral ao Belenenses, Luís Carlos e Nandinho ao Salgueiros, Fernando Aguiar, Cristiano e Beto ao Beira-Mar, Tiago, Quim e Ricardo Rocha ao Sporting de Braga. E tantos outros... E dinheiro é dinheiro, mesmo que em alguns casos o pagamento fosse para o demorado. O Benfica não se aproveitou de rescisões, não fomentou rescisões, não beneficiou miraculosamente de desvios de cartas que nunca chegaram à Liga, não assinou contratos nem compromissos fora dos limites de datas impostos pela lei nacional e internacional, não prometeu favores duvidosos a quem saísse do seu caminho. Só por duas vezes esteve mal, muito mal, o Benfica. Quando desviou Tiago do Marítimo e Paulo Madeira do Belenenses, com truques baixos e lamentáveis, que custaram anos a reparar em termos de um relacionamento profícuo com as direcções do Funchal e do Restelo. A transferência de Manduca para a Luz, a troco de dinheiro, nesta reabertura do mercado, prova que o Benfica soube pedir desculpa ao Marítimo pelo caso Tiago. Em boa hora o fez. Com o Belenenses é também de crer que o entendimento institucional voltou a ser o que era. Na época passada, o Benfica emprestou o sueco Andersson aos azuis do Restelo. Um bom sinal de apaziguamento. Na edição de ontem de A BOLA, o jornalista António Simões assinava uma simpática carta aberta ao presidente do FC Porto. A dada altura, escrevia: «(...) um amigo meu pediu-me que lhe falasse das saudades que sente dos tempos em que você descobria jogadores como desconcertantes minas e armadilhas que abalavam e aniquilavam todos os adversários...(...)» Estamos, pois, no domínio dos princípios. Provavelmente, os adeptos portistas revêem-se nesta política de contratações tão bem descrita por António Simões. Os do Benfica, não.

QUANDO, há duas semanas, o Benfica assegurou a contratação de Moretto e de José Fonte, negociando directamente as verbas envolvidas com o presidente do Vitória de Setúbal, vieram os portistas acusar os da Luz de se terem aproveitado da situação financeira do Bonfim para dar um golpe. A resposta de Chumbita Nunes foi lapidar: — O que é queriam que eles dissessem? Dos lados de Coimbra também ainda ninguém ouviu um responsável da Briosa chamar de trapaceiro o presidente do Benfica, consumada que foi a transferência de Marcel. É essa a questão. O FC Porto é o líder isolado do Campeonato, tem uma boa equipa, um grande treinador, não será fácil ao Benfica desalojar o vice-campeão da época passada da posição que ocupa na corrente temporada. Também é verdade que, no plano aritmético, já foi mais difícil... Mas fora do plano desportivo, nas últimas semanas, o Benfica deu baile ao FC Porto em matéria de contratações. Não porque tenha assegurado os serviços de cinco Eusébios, mas porque deu provas de eficácia. Ou melhor, de competência, de capacidade de perseguir um objectivo e de derrotar a concorrência sobre a meta. Normalmente, como aconteceu nas últimas duas décadas, os jornais teriam enchido primeiras páginas durante semanas com os jogadores que «interessavam» ao Benfica para, no final, serem apresentados no Estádio do Dragão, ao lado de Reinaldo Teles. Pinto da Costa, esse, nem se daria ao incómodo de aparecer. Passaria de raspão, a caminho de «uma importante reunião com investidores internacionais», cruzando-se com os jornalistas à saída, para, «com a ironia do costume », deixar escapar qualquer coisa como: «O Moretto já assinou? Julgava que ia para o Benfica... » Este ano não foi assim. Aparentemente, incapaz de bater o Benfica, vingou-se no Sporting, contratando Adriano, um proclamado interesse dos leões. E no que diz respeito à ironia do costume, vimo-lo apenas a assobiar, o que é pouco. Cada vez me convenço mais de que o black out interno decretado pelo FC Porto visa apenas um propósito: calar Co Adriaanse. O comentário do holandês, no final do jogo da Reboleira – «... mau, mau, era termos levado 5...» – por ter sido tão curto e tão pragmático não é passível de se ter perdido na tradução.



Sobre os infelizes vizinhos da 2ª circular o Ry já disse tudo. Dementes...

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Fora da realidade

Fora da realidade é o que se pode dizer das reacções leoninas ao jogo de Sábado.

Quando se falha golos, como o que o Liedson falhou, quando se tem uma defesa apática, como se viu no golo do empate, claro que a culpa só pode ser do árbitro. É, aliás, uma práctica comum para os lados do Lumiar chorarem as arbitragens ainda mais do que o costume nos jogos que antecedem o jogo com o Benfica, o que, normalmente, até lhes garante algumas benesses piedosas.

E lá vão os adeptos e sócios do Sportem, os tais que são mais inteligentes que a média, que são de um clube diferente "e o camandro", embalados por esta conversa e com as palas metidas nos olhos que os impedem de ver o Alvaláxia deserto e um buracão financeiro, uma equipa destroçada, um treinador sem nível IV, o capitão de equipa dispensado, os brasileiros que não voltam de férias, um presidente que está a fazer um frete, a confusão nas assembleias gerais, os golos dos adversários que entram mas que não contam, a agressão do Liedson contra o Vizela ou, simplesmente, incapazes de fazer um raciocínio mais complexo que este: "Benfica ganhou, logo foi beneficiado pelo árbitro".

Isto é mais que azia. Isto já não é só mal do estômago. É demência.

domingo, janeiro 15, 2006

Empréstimos

Para mim, é preciso rever isto dos empréstimos dos jogadores. Veja-se, por exemplo, o caso do FCP. Emprestam os jogadores às equipas e eles fartam-se de se aleijar. Desta vez, láfoi o pobre do Bruno Vale (que até é internacional A) a ter um ataque de lombalgia nos últimos minutos (sorte ou azar?) do jogo da última jornada.

Assim não vale a pena pôr os jogadores a rodar... ou vale?

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Trafulhas

Numa das televisões, ouvi qualquer coisa do género: "Dois golos e duas expulsões depois, o Benfica passa à eliminatória seguinte".

É triste, maldoso, mas habitual nestes escribas de segunda.

Para que conste, o Benfica não fez uma boa exibição, mas marcou aos 66 e aos 79 minutos. Já as expulsões, aconteceram aos 83 e 85 minutos.

Para que conste, ficou por expulsar o Liedson por agredir um adversário a pontapé nas barbas do fiscal de linha, com o resultado em 1-0 para o Vizela. Para que conste, este lance de Liedson foi classificado, na TSF, como sendo "discutível".

Indiscutível, é que somámos mais uma vitória. Isso é que conta.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Em alta!

A minha equipa leva 6 jogos na liga sem perder e sem sofrer golos, leva 6 vitórias consecutivas (5 na liga), conseguiu a qualificação para a fase seguinte da Liga dos Campeões, com um treinador que teve sucesso ao promover diferentes soluções tácticas (Geovanni a ponta-de-lança, Alcides a defesa-direito, adequada substituição do melhor jogador e capitão da equipa, Simão).

Hoje pus-me a imaginar o que é que seria escrito desta equipa se, simplesmente, jogasse de azul-e-branco ou se os seus jogos fossem sempre resolvidos pelo mesmo (genial, diga-se) jogador com o já enjoativo pontapé de trivela. Sexy football? A melhor gestão desportiva de que há memória? Um treinador que é uma lufada de ar fresco, com o seu jogo ofensivo? Talvez alguém pudesse dizer que temos a melhor pressão alta da Europa, como disseram de um dos nossos adversários, já esta época.

Sim, é verdade! Não merecíamos que dissessem muitas destas coisas, mas eles também não mereceram e isso não impediu o lirismo nos artigos de opinião.

Porque é que eu nunca leio estas coisas sobre nós? Venha o próximo!