Quando jogámos em Manchester, foi muito importante sentirmos que até o adversário considerava que estavam em campo duas das equipas mais importantes da história do futebol europeu. E quando digo isto, não digo apenas pelos anos 60, mas também pelos anos 80, em que o Benfica conseguiu 3 finais europeis (eu sei que a última foi 1990, mas deixem lá passar os "anos 80") perante um certo ocaso do MU.
Naturalmente que, com a vertente económica a ser cada vez mais importante, e com políticas e dirigentes tão duvidosos, o Benfica acabou por seguir um caminho simétrico do MU e atravessou o deserto, regressando, nos últimos 3 anos aos jogos europeus: inicialmente, com pouco sucesso, este ano com o apuramento directo para a Liga dos Campeões.
Perante o poderio deste adversário (e basta olhar para a linha avançada para vermos a diferença, que não haja ilusões), é muito importante que, esta noite, renasça algo que todas as equipas aprenderam a temer: o Inferno da Luz. O Inferno da Luz era o que esperava os nossos adversários no nosso desaparecido Estádio e é algo que ainda não marcou presença nesta nova casa. Nem mesmo, por exemplo, no decisivo jogo frente ao Sporting da época passada conseguimos ser verdadeiramente "infernais".
Dirão uns que os nossos adeptos já não sentem o clube da mesma maneira, outros que a equipa não os entusiasma, outros ainda que estamos todos tão nervosos que nem temos tempo para aquelas assobiadelas que entopem os ouvidos ou para os gritos de apoio que transformam qualquer jogador num Pélé. Mas se fomos capazes de silenciar Old Trafford o suficiente para só nos ouvirmos a nós, então ainda temos o que é preciso!
Esta noite, é gritar até já não ter pulmões! Não temos uns jogadores, temos outros. Como dizia, há tempos, o HMémnon, qualquer jogador do Benfica é melhor que qualquer jogador de outro clube porque é do Benfica. Há que os fazer sentir isso.
Se tivermos que sair derrotados, que não seja sem luta ou sem suor. O Benfica somos nós e eles só têm que ter medo!
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