Os jovens
Quis o destino que José António Camacho tivesse, na sua primeira semana, um dilema idêntico a um vivido pelo ex-"treinador": a ausência de defesas centrais. Serviu este problema para perceber porque é que esta troca foi (e seria sempre, em qualquer altura) positiva.
Quando confrontado com a pergunta sobre se Miguel Vitor lhe daria garantias, Camacho respondeu: "É defesa-central, não é? Está no plantel, não está?". E mais nada! Miguel Vitor jogou e acima de tudo não comprometeu. Esteve seguro, sóbrio e fez o seu trabalho, sem se "chamuscar" aos olhos do exigente 3º anel. Se pensarmos no pânico Santesco do jogo na Vila das Aves da época passada (no Aves, atenção!!) e na desconfiança no valor de David Luiz, jogador que sabemos agora que tem qualidade (e a quem ainda falta disciplina), percebemos a diferença entre estes dois treinadores.
O jogo
Mau jogo do Benfica, ontem, no seguimento do que tem feito. Ontem saí do estádio com a convicção que o Benfica está 2 meses atrasado em relação aos outros 15 clubes da Liga: não tem o plantel fechado, só fez 4 jogos na pré-época, não tem sistema táctico definido, quanto mais fio de jogo, rotinas e consciencialização do papel de cada jogador no jogo. A equipa está constantemente estática, sem repentismos, criatividade ou pelo menos movimento, ainda que previsível e repetitivo. Nada! A equipa está sempre parada porque os jogadores não sabem o que têm para fazer em campo. O trabalho do ex-"treinador" é nulo, nulo! É demasiado mau para ser verdade o que este homem fez no Benfica, porque deixa atrás de si um rasto de destruição de uma boa equipa do Benfica. Pelo que foi dito acima e por isto, percebemos porque é que o ex-"treinador" será relembrado por mim como o pior treinador do Benfica desde Artur Jorge.
Ainda assim, Camacho não teve medo de apostar em Miguel Vitor e Romeu Ribeiro, e não deixou de ganhar por causa deles. Bravo! Nuno Assis precisa de banco, Nuno Gomes precisa de banco, Luís Filipe tem que acordar senão perde o comboio. Petit é imenso, Rui Costa desaparece muito do jogo e está claramente em gestão do esforço. Nélson tem o dom de colocar sempre o adversário entre si e a bola, Léo é um grande jogador aqui e em qualquer lado. Cardozo não recebe um passe de jeito, por isso dificilmente faria melhor.
E agora?
Muito trabalho espera Camacho. No campo e fora dele, a disciplinar todo o futebol do Benfica, completamente à deriva com LFV. E a preparar a entrada do novo director desportivo, em 2008/09: Rui Costa.
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