domingo, setembro 26, 2004

Uma dourada razão

Pois é. Como assusta esta sensação de dejavu.
Sempre que encontram dificuldades para vencer, Pinto da Costa e a sua armada de bobys começam a verborreia contra os árbitros. Compreende-se, mal habituados como estão, que se sintam incomodados sempre que o árbitro erra para os dois lados. Para esta corja, errar é normal, desde que seja sempre para o lado azul e branco.

O jogo de Guimarães, por exemplo, foi uma sequência de anormalidades. Normal foi o que aconteceu o ano passado e já este ano na jornada anterior. O ano passado, em Guimarães, anularam um golo ao João Tomás sem ninguém conseguir perceber porquê. A jornada passada, no Dragão, ficou um penalty limpo por marcar a favor do Leiria no início da segunda parte, e as devidas sanções ao Jorge Costa e ao Maniche, por terem agredido colegas de profissão.

Em contrapartida, este ano, já houve o descaremento de anular um golo ao Pepe numa jogada duvidosa (na dúvida, pretege-se quem defende) e a coragem de expulsar directamente o Postiga (os jogadores do Porto só são expulsos por estes motivos, depois de garantido o campeonato).

Com tanta anormalidade, é natural que o Pápa recorra da velha estratégia do costume. Queixa-se de tudo e de todos, mete alguns árbitros na lista negra (vamos ver quantos jogos o Duarte Gomes estará sem apitar o Porto esta época) e ofende pessoas que merecem muito mais respeito do que ele (por exemplo, "chamou maluquinho do sistema" ao Dr. Dias da Cunha, como se este último fosse da sua láia), mais que não seja por todo um passado profissional inquestionável.

Vamos ver se as coisas se alteram e os erros dos árbitros voltam a ter sentido único, caso em que se pode encomendar desde já, as faixas de campeão para o Porto.
Se não se alterarem, é caso para perguntar, "mas porque dourada razão?"


PS: Repare-se que este ano, a favor do Benfica, já ficaram por marcar um penalty em Aveiro e um em Coimbra. Por sua vez, no que ao Sporting diz respeito, temos a arbitragem do jogo de Setúbal. Também aqui tudo normal, porque nestes casos, é costumeiro que os árbitros errem tanto a favor como contra...
Para já, fica o atropelo aos regulamentos, para que o Fabiano pudesse jogar contra o Leiria.

1 comentário:

Anónimo disse...

Começa de uma forma atípica face a épocas recentes, mas não deixará de obedecer à mesma equação: ajudas para o FCP durante a primeira volta, ajudas (mas na direcção contrária) ao principal adversário na recta final.

A lógica é óbvia mas funciona na perfeição, ao ponto de ter assegurado a maior parte dos títulos nas últimas duas décadas.

Ajuda-se uma equipa no ínicio para que no final ninguém se lembre.

Prejudica-se outra no fim para que o outro presidente, menos habilidoso nestas tarefas, faça figura de palhaço circense.

- LFT