terça-feira, janeiro 25, 2005

Teoria da conspiração

Se eu fosse presidente de um clube em tons de azul, estivesse à cabeça de um "sistema" que controla os mecanismos do futebol e me sentisse cercado e ameaçado, não só pela justiça, mas também pelo movimento regenerador dos meus dois clubes rivais estaria em maus lençóis.

A somar a este cerco, os resultados desportivos do meu clube azul também não são bons, as más exibições sucedem-se e o investimento avultado que fiz para ter um campeonato descansado parece ir pelo cano abaixo, impelido por casos de indisciplina, xenofobia, má aplicação de recursos e um treinador que, às vezes, gosta de deixar no banco o único jogador desiquilibrador da equipa.

Se eu estivesse nesta situação e surgisse um importante "derby" entre os meus dois clubes rivais, eu ficaria muito contente se esse fosse um "derby" cheio de casos, com uma arbitragem vergonhosa. Um "derby" que gerasse o conflito, que fizesse com que as comadres se zangassem e que, pelo menos essa frente de combate não me preocupasse.

Tudo isto me passou pela cabeça quando ouvi o nome do sr. António Costa como árbitro do Benfica-Sporting. Uma arbitragem vergonhosa deste senhor, que não seria a primeira, pode desencadear novo conflito entre Benfica e Sporting. E não é preciso pensar muito para perceber quem seria beneficiado com este afastamento entre ambos os clubes.

Aconteça o que acontecer, ganhe quem ganhar, é muito importante que não seja perdido o espírito de renovação do movimento de presidentes encabeçado pelos presidentes dos dois clubes nacionais. Espero que, de ambos os lados, haja a elevação, desportivismo, solidariedade e a consciência dos passos que há a dar e dos perigos que surgem pelo caminho para que o futebol se torne cada vez mais Desporto.

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